sábado, 15 de fevereiro de 2014

Randolfe quer que ministro de Segurança Institucional explique monitoramento da Abin a partidos e movimentos sociais

Para pré-candidato do PSOL, está claro que a ofensiva contra as organizações está se intensificando e é preciso barrar essa investida dos setores conservadores
   
Leonor Costa, do site do PSOL Nacional

Diante das informações publicadas nesta quinta-feira (13) em alguns jornais de grande circulação de que a Agência Brasileira de Inteligência (Abin) está acompanhando as manifestações em todo o país e que há a possibilidade de a instituição intensificar esse monitoramento durante a Copa do Mundo, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP), pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL, protocolou hoje um requerimento na Comissão de Relações Exteriores do Senado convidando o ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional, General José Elito Carvalho Siqueira, a dar explicações sobre o assunto.

Para o senador do PSOL, a presença do ministro-chefe é fundamental para que sejam esclarecidos os reais motivos que levam a Abin, “em pleno estado democrático de direito”, a monitorar partidos políticos e organizações populares. O pré-candidato do PSOL também quer saber de que forma isso vem sendo realizado.

Matéria publicada na edição de hoje do jornal O Estado de São Paulo afirma que a Abin “está acompanhando as manifestações no Rio e em outras cidades brasileiras para avaliar o risco de intensificação dos protestos, especialmente mais perto da Copa do Mundo”. O texto afirma, ainda, que a Agência avalia que a situação deve piorar à medida em que o mundial vai se aproximando. “Desde 2013, o risco de ações por parte dos chamados ‘grupos de pressão’ já era classificado como alerta vermelho entre as ‘fontes de ameaça’ analisadas, juntamente com questões como acidentes de trânsito e criminalidade”, afirma trecho da matéria, deixando nítido o foco da Abin nas manifestações realizadas em junho do ano passado.

Ainda pela matéria, um dos instrumentos utilizados pela Abin no monitoramento são as redes sociais, como Twitter e Facebook. “A intenção é verificar riscos, tamanho, infiltrações de partidos políticos e financiamento dos protestos”, ressalta trecho da matéria do Estadão.

Para Randolfe, está claro que a ofensiva contra os movimentos sociais está se intensificando, considerando essas informações vindas à tona hoje pela imprensa e a intenção do governo em aprovar a Lei Antiterrorismo (PLS 499/13, em tramitação no Senado). “O PSOL vai seguir lutando para impedir que medidas como essas tragam de volta as perseguições vividas por militantes durante a ditadura militar. Não é possível que ainda tenhamos que lutar contra esse tipo de ataque à livre organização”, ressaltou.

Fonte: PSOL Nacional 

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