quinta-feira, 30 de janeiro de 2014

PSOL Amazonas Inaugura sua nova sede no sábado

Nova sede do PSOL Amazonas
O Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Amazonas, vai inaugurar no próximo sábado (01/02/2014) sua nova sede na Av. Constantino Neri, nº 1913, Bairro de São Geraldo, Manaus(AM). O Ato de Inauguração terá inicio as 09:00h da manhã e contará com a participação dos filiados, militantes e simpatizantes do Partido, após a solenidade de inauguração, será servido um coquetel para celebrar mais uma etapa do projeto de estruturação do PSOL no Estado.

A sede para um partido da esquerda socialista é fundamental para promover sua organização interna e projetar sua atuação externa, é na sedo do partido, que os militantes interagem, orientam e recebem orientações, promovem estudos, atividades cultural, fazem reuniões, seminários, oficinas e articulam ações paréticas, é o referencial físico do Partido.

A inauguração da nova sede do PSOL, reflete a determinação da nova direção partidária, que de forma ousada, está contagiando sua militância, para que em breve, o partido se transforme no maior referencial politico da classe trabalhadora amazonense, assim o PSOL vai superando limites de uma politica sem limites. 


domingo, 26 de janeiro de 2014

PSOL Amazonas lança em fevereiro Plano de Mobilização para Trabalhadores Domésticos e Operários do PIM

Parque Industrial de Manaus - PIM
O Partido Socialismo e Liberdade vai lançar no próximo mês de fevereiro, um plano de Mobilização para duas categorias de trabalhadores que precisam urgentemente de voz e instrumento de luta para assegurar uma melhor qualidade de vida para seus componentes. As categorias definidas são; os Operários do Parque Industrial de Manaus e os Trabalhadores Domésticos.

O plano foi aprovado na ultima reunião do Diretório Estadual do PSOL/AM no dia 25 de janeiro de 2014 e consta dentre outras atividades, visita a porta de fábricas do PIM e entrada de condomínios residenciais, distribuição de panfletos reflexíveis sobre a realidade dessas categorias, reuniões, distribuição de cartilhas, palestras... A programação é uma verdadeira cruzada em favor do trabalho decente e melhor qualidade de vida dessas categorias.

O Parque Industrial da Zona Franca de Manaus e a qualidade de vida dos trabalhadores desse seguimento

O Polo Industrial de Manaus foi criado em 1967 pelo governo federal para impulsionar o desenvolvimento econômico na região, e hoje é composto por mais de 600 indústrias, empregando 129.663 trabalhadores, entre efetivos, temporários e terceirizados e faturou no ano passado (2013) 80 mais de bilhões de reais.

A situação de saúde dos trabalhadores do Polo Industrial de Manaus é “aterradora”! Existe um contingente enorme de empregados doentes e acidentados na Zona Franca de Manaus, dado que coloca o estado do Amazonas como o segundo Estado recordista nacional em doenças ocupacionais.

Os trabalhadores da Zona Franca de Manaus, sofrem com a sobrecarga de trabalho e com o ritmo acelerado das linhas de produção. A consequência disso é a fadiga, estresse e dores em todo o corpo que leva anualmente milhares de operários a se afastarem do trabalho com doenças ocupacionais das quais se destaca o aumento dos casos de lesão por esforço repetitivo/distúrbios osteomusculares relacionados ao trabalho (LER/DORT).

As horas extras são habitualmente exigidas pelas empresas, assim como trabalho em domingos e feriados, de forma que sobra muito pouco tempo para o lazer do operariado. Além disso, acresce o trabalho repetitivo, monótono, em pé, com pouca possibilidade de ascensão profissional.

Boa parte dos produtos ali fabricados não pode ser adquirida pelos empregados que os produzem. O piso salarial pago a esses trabalhadores é pouco superior ao salário mínimo. Há determinação da direção da empresa restringindo a conversa dos empregados entre si no horário de trabalho. Essa pratica constante, compromete a qualidade de vida dos trabalhadores do Parque Industrial da Zona Franca de Manaus.

A Categoria de Trabalhadores Domésticos

Os trabalhadores(as) domésticos(as) por força da Emenda Constitucional nº 72, de 02 de abril de 2013, foram estendidos aos(às) domésticos (as) outros direitos: relação de emprego protegida contra despedida arbitraria ou sem justa causa; seguro-desemprego; FGTS; remuneração do trabalho noturno superior ao diurno; salário família; jornada de trabalho, remuneração do trabalho extraordinário; redução dos riscos inerentes ao trabalho; assistência gratuita aos filhos e dependentes; reconhecimento das convenções e acordos coletivos; seguro contra acidente de trabalho; isonomia salarial, proibição de qualquer discriminação, proibição do trabalho noturno, perigoso ou insalubre ao menor de 18 anos.

No Amazonas, pouco se sabe das condições de trabalho dessa categoria, porém, trata-se de um contingente muito grande de pessoas ocupadas nessa atividade, isso requer de nós militantes do PSOL, aprofundar nosso conhecimento em relação a qualidade de vida dessa população de trabalhadores, uma vez que a grande maioria, moram nas áreas socialmente vulneráveis da cidade, onde seus filhos ficam entregue a menores da família ou em casa de vizinhos, sem creche e condições de frequentar a escola. Um dos grandes problemas dessa categoria está no seu habitar, seus filhos ficam sujeitos ao assedio de traficantes e outros tipo de delinquência.

A importância do PSOL na organização do dialogo de construção de politicas publicas para esses seguimentos

O PSOL enquanto partido da esquerda socialista tem o dever histórico de se posicionar diante dessa situação. Para tanto, a mobilização permanente desses seguimentos, deve ser implementada com ações que aponte a relevância das demandas. A ação firme dos nossos militantes através de abordagem nas portas de fabrica e entradas de condomínios, reuniões, elaboração de cartilhas, peças teatrais, panfletos, fôlder, jornal, mídia social, seminários, palestras e cursos, visando a formatação de um projeto de atenção a saúde do operariado para compor o Plano de Governo do PSOL/AM. Assim o partido cumpre um papel importante na sua trajetória, cujo resultado será o estabelecimento do dialogo franco e salutar com a calasse trabalhadora local no sentido de melhorar a qualidade de vida dessa população e as condições de trabalho no PIM.

sexta-feira, 24 de janeiro de 2014

PSOL Amazonas de Casa Nova

Nova sede do PSOL Amazonas, Av. Constantino Nery Nº 1913, Bairro São Geraldo em Manaus (AM)
Foi erguido hoje (24/01/2014) o estandarte do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Amazonas na fachada da sua nova sede na Av. Constantino Nery, Nº 1913, Bairro São Geraldo em Manaus (AM). No dia 1º fevereiro (sábado) pela manhã, será o Chá de Casa Nova, onde estaremos servindo um coquetel e recebendo doações de mobiliário e equipamentos.

A nova sede faz parte de um projeto ousado de organização do partido visando firmar-se como alternativa real de transformação social no Amazonas e Brasil.

Há tempos que o amazonas não tem um partido de oposição que ofereça a população amazonense a esperança de libertar-se das garras de governantes déspotas que se apoderam da estrutura do Estado para locupletar-se com os fabulosos recursos públicos.

Para combater essa enxurrada de maracutais, o PSOL Amazonas tomou no seu 4ª Congresso realizado nos dias 25 e 26 de outubro de 2013 a decisão de dialogar com nossa comunidade para juntos organizarmos a resistência do nosso povo.

Hoje, todos os dias o PSOL recebe novos pedidos de filiação, são pessoas do povo que estão descontentes com a falta de politicas publicas para educação, saúde, segurança, atenção a criança e adolescência e de prosperidade para nossa juventude.

O PSOL avança com a esperança do povo de transformar essa realidade perversa, onde os governantes seguem humilhando os homens e mulheres da nossa terra. É hora tomar partido e o PSOL é o partido das multidões que lutam por prosperidade. Vem pro PSOL!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2014

PSOL Amazonas reúne Diretório Estadual sábado


Apostando na organização do partido, o PSOL Amazonas, reúne seu Diretório Estadual no próximo sábado (25/01/2014) para definir sua estratégia de mobilização visando o fortalecimento partidário e a participação nas eleições de outubro vindouro.

Na programação consta uma palestra proferida pelo professor Ademir Ramos coordenador do Núcleo de Cultura Politica da UFAM – NCPAM/UFAM abordando conjuntura politica Nacional e local. A parte organizacional será comandada pelo professor Alcebiades Oliveira que apresentará um plano organização do partido. Ainda sobre organização, as secretárias vão apresentar seus planos de ação para o biênio 2014/1015.

Será também apresentado um plano de mobilização especifico para os trabalhadores do Distrito Industrial e trabalhadores domésticos, na avaliação dos articuladores do plano, esses dois setores da população amazonense, estão vivendo um abandono total de suas instituições de classe e com isso, sofrem por não terem um instrumento de luta politica que assegure uma luta mais consequente pela melhoria da qualidade de vida dessas categorias.

O PSOL Amazonas, vai também definir um calendário de preparação de suas candidaturas para as próximas eleições. Tendo como meta assegurar ao povo amazonense uma real alternativa politica de transformação social popular e democrática, o partido vai realizar debates internos dentre os seus dois pré-candidatos ao Governo; Professor Alcebiades Oliveira e o Cacique Paulo Apurinã, visando construir uma candidatura que represente os anseios da nossa população.  

A reunião acontecerá no CEFAM – Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus, Av. Joaquim Nabuco, 1023, Centro, Manaus, Amazonas, com inicio as 9h e termino as 16h.

sábado, 18 de janeiro de 2014

Composição do novo Diretório Esatadual do PSOL Amazonas

Imagem do majestoso Encontro das Águas Rio Negro e Solimões em Manaus(AM)
Eleito no 4º Congresso do PSOL Amazonas, realizado nos dias 25 e 26 de outubro de 2013 no Auditório Mãe Paula da Arquidiocese de Manaus, na Av. Joaquim Nabuco nº 1023, Centro, Manaus(AM). O novo Diretório que irá dirigir o partido até o dia 05 de novembro de 2015, ficou com a seguinte composição:

EXECUTIVA ESTADUAL

01 - PRESIDENTE – ELSON DE MELO
02 - SECRETÁRIO GERAL – FERNANDO LOBATO
03 – TESOUREIRO – EDUARDO VIEIRA
04 - SECRETARIA DE FORMAÇÃO POLITICA – FERNANDEZ DA SILVA
05 – SECRETÁRIO DE COMUNICAÇÃO – PAULO ONOFRE
06 - SECRETÁRIO DE RELAÇÕES INSTITUCIONAIS – LEONARDO MISSISSIPE
07 - SECRETARIA DE ORGANIZAÇÃO – ADILSON MAIA
08 - SECRETARIA DE MOVIMENTOS SOCIAIS – PEDRINHA LASMAR
09 - SECRETARIA SINDICAL – MARCOS QUEIROZ

MEMBROS DO DIRETÓRIO ESTADUAL

10- SECRETARIA DE POLITICA URBANA – ALEXANDRE SIMÕES
11 - SECRETARIA DE MEIO AMBIENTE E ASSUNTOS AMAZÔNICOS – CRISTOVAM LUIZ
12- SECRETARIA DO INTERIOR – CLEVERSON REDIVO
13 – SECRETARIA DE POLÍTCA AGRARIA E PRODUÇÃO RURAL – ISMAEL OLIVEIRA
14 – SECRETARIA DE ASSUNTOS JURÍDICOS - MAURICIO SEIXAS
15 – SECRETARIA CULTURA – PAULO HENRIQUE PEREIRA
16 – SECRETARIA DA MULHER – MARNICE BRAGA
17 – SECRETARIA DA JUVENTUDE – BASÍLIO FILHO
18 – SECRETARIA DE DIREITOS HUMANOS – MÁRIO LÚCIO
19 – SECRETARIA DE POLITICA DA PESCA E AQUICULTURA – JEVALDO SILVA
20 – SECRETARIA DE MOBILIZAÇÃO E PROMOÇÃO DE EVENTOS – JOSÉ LUIZ VASQUES 
21 – SECRETARIA PARA AREA DA SAUDE - MAURO COELHO

SUPLENTES

22 – SUPLENTE Nº 01– ELDILENE SOUZA
23 – SUPLENTE Nº 02 – SIGRIDE FURTADO
24 – SUPLENTE Nº 03 – ARINOS ESQUERDO
25- SUPLENTE Nº 04 – CAMILA SUELLEN DOURADO
26 – SUPLENTE Nº 05 – NELSON MELO

quinta-feira, 16 de janeiro de 2014

Reunião do Diretório Estadual PSOL/AM: Convocatória



Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Amazonas
Reunião do Diretório Estadual

C O N V O C A T Ó R I A


O Presidente do PSOL/AM, no uso de suas atribuições estatutária, Convoca todos os integrantes do Diretório Estadual no Amazonas do Partido Socialismo e Liberdade – PSOL/AM para uma reunião extraordinária da Instância a realizar-se no dia 25 de janeiro de 2014 (sábado), com inicio as às 09 horas e termino às 16 horas, no CEFAM – Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus, Av. Joaquim Nabuco, 1023, Centro, Manaus, Amazonas, para tratar da pauta abaixo:

1.     Conjuntura Nacional e Local;
2.     Informes;
3.     Plano de Ação das Secretárias;
4.     Eleição 2014;
5.     O que houver.

Manaus, 16 de janeiro de 2014.

Elson de Melo
Presidente-PSOL/AM



quarta-feira, 8 de janeiro de 2014

Orientação para Plano de Ação das Secretárias do PSOL/AM


Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Amazonas

Manaus, 08 de dezembro de 2014.
Circular-PSOL/AM
Aos(as) Secretários(as) do PSOL Amazonas
Assunto: Solicitação de elaboração de Plano de Ação para 2014

Camaradas,

Nós dirigentes do PSOL/AM, assumimos por ocasião do 4º Congresso Estadual do partido em outubro do ano passado, o compromisso de viabilizar o PSOL no Amazonas como alternativa real de transformação da politica local, para tanto, precisamos otimizar nossas ações, no sentido de garantir a mais ampla participação da nossa militância, na elaboração e execução das tarefas necessárias para concretizarmos esse objetivo.

Para viabilizar essas ações, estamos solicitando que cada Secretário, organize o PLANO DE AÇÃO de sua secretária e apresente na próxima reunião do Diretório Estadual a ser realizada no dia 25 de janeiro de 2014 em Manaus em local a ser definido. Visando facilitar a organização do Plano, oferecemos as orientações abaixo.

Certo de contarmos com o empenho de todos, apresentamos votos de Feliz Ano Novo e muitas vitórias a celebrar.


Elson de Melo
Presidente do PSOL/AM

ORIENTAÇÃO PARA ELABORAÇÃO DE UM PLANO DE AÇÃO

O Plano de Ação é o planejamento de todas as ações necessárias para atingir um resultado desejado. É momento importante para a entidade pensar sobre a sua missão, identificando e relacionando as atividades prioritárias para o ano em exercício, tendo em vista os resultados esperados.

Em relação ao PSOL, a prioridade está centralizada em ações que garantam o melhor desempenho do partido nas áreas especificas de cada secretaria.  Um bom Plano de Ação deve deixar claro tudo o que deverá ser feito, como e quando, para o cumprimento de seus objetivos e metas, quando a sua execução envolver mais de uma pessoa, deve esclarecer quem será o responsável por cada ação, para evitar possíveis dúvidas, deve ainda esclarecer, os porquês da realização de cada ação e onde serão feitas.

Para atingir um objetivo, uma meta, precisamos fazer alguma coisa, precisamos agir - realizar uma ou, geralmente, várias ações. Até “não fazer nada” pode ser uma ação necessária para atingir um objetivo. E, exceto nos casos de urgência máxima, precisamos definir uma data para concluir – um prazo.

Quanto maior a quantidade de ações e pessoas envolvidas, mais necessário e importante é ter um Plano de Ação. E, quanto melhor o Plano de Ação, maior a garantia de atingir a meta.
Em importantes projetos, missões, empreendimentos, um bom Plano de Ação é indispensável.

O Plano de Ação deve ser elaborado considerando as demandas e avaliações dos usuários e o cenário em que estão envolvidos.

Quanto maior o envolvimento dos responsáveis por sua execução, maior a garantia de se atingir os resultados esperados.

Um PLANO DE AÇÃO pode conter além de outros dados:

Objetivo - O QUE FAZER

“São propósitos específicos, alvos a serem alcançados ao longo de determinado período de tempo, que, em conjunto, resultarão no cumprimento da missão da organização”. Indica onde estarão concentrados os esforços.

Estratégias - COMO FAZER

“São os caminhos escolhidos que indicam como a organização pretende concretizar seus objetivos e, consequentemente sua missão”.

Constituem respostas às ameaças e às oportunidades identificadas, bem como, aos pontos fracos e pontos fortes encontrados.

Cronograma – QUANDO FAZER

Relaciona as atividades a serem executadas e o tempo previsto para sua realização.

O cronograma permite que se faça um esforço no sentido de:
a) identificar o tempo necessário para a execução;
b) estimar o tempo em face dos recursos disponíveis;
c)analisar a possibilidade de superpor atividades, executando-as paralelamente;
d) verificar a dependência entre as atividades.

Responsável - QUEM IRÁ FAZER

Indica o/os responsável/eis pela execução.

Recursos Necessários – COM QUE FAREMOS

Relacione os recursos humanos, materiais e financeiros necessários para a execução da ação.

Uma vez o Plano de Ação elaborado, vamos todos nos empenhar ne sua execução.


segunda-feira, 6 de janeiro de 2014

PSOL Amazonas: Reunião Ampliada




Partido Socialismo e Liberdade – PSOL Amazonas

CONVITE
Convidamos todos os filiados do PSOL no Estado do Amazonas a participarem da Reunião ampliada da Direção Estadual do Partido, que acontecerá no próximo dia 08 de janeiro de 2014 (quarta feira) as 18h30min no CEFAM – Centro de Formação da Arquidiocese de Manaus, Av. Joaquim Nabuco, 1023, Centro, Manaus, Amazonas.

PAUTA
1.    Aluguel da nova sede;
2.    Plano de Ação do Partido;
3.    Organização da Secretária Executiva do Partido;
4.    Finanças;
5.    Marketing & Propaganda e Mídia digital do Partido.



sábado, 4 de janeiro de 2014

"O passe livre é exequível", diz Randolfe Rodrigues, senador e pré-candidato à Presidência da República pelo PSOL

A ZH, parlamentar disse que reforma agrária e tarifa zero no transporte serão suas bandeiras 

Carlos Rollsing

Oposição ao PT, Randolfe se destaca pela retórica  e pelo perfil combatente
Foto: Fabio Rodrigues Pozzebom /Agência Brasil,divulgação
De atuação enérgica no Congresso, o senador Randolfe Rodrigues (PSOL-AP) já se mostrou capaz de causar incômodos ao governo. Oposição ao governo Dilma Rousseff, se destaca pela retórica e pelo perfil combatente.

Mas já causou polêmica em seu partido ao se aproximar do DEM nas eleições de 2012 para a prefeitura de Macapá, o que levou a ser rotulado como líder da “ala light” do PSOL.

Atento aos direitos humanos e às reivindicações populares, agora é candidato à Presidência, após ter derrotado a ex-deputada gaúcha Luciana Genro na pré-convenção da sigla. A ZH, indica que a reforma agrária e a tarifa zero no transporte, subsidiada por aumento de imposto, serão suas bandeiras.

Zero Hora — Quais serão os eixos da sua campanha?

Randolfe Rodrigues — Pensamos em uma campanha identificada com o que veio das ruas, com as reivindicações de junho. Existe uma pauta de direitos sendo clamada pelo povo. E isso não está sendo satisfeito pelos governos, especialmente o federal. As outras candidaturas colocadas (Dilma Rousseff, Aécio Neves e Eduardo Campos) se preocupam mais em agradar ao mercado, aos financiadores, do que atender os investimentos em saúde, educação, mobilidade e reforma agrária.

ZH — O PSOL, que esteve na origem de algumas manifestações, como no caso de Porto Alegre, tentará se apresentar como um dos propulsores dos movimentos de junho?

Randolfe — Ninguém pode ter a arrogância de se dizer titular das mobilizações. Ninguém pode se apoderar. Aqueles que acham que o mais importante são as obras monumentais da Copa, creio que não poderão falar em nome do que ocorreu no Brasil.

"As mobilizações de junho foram muito maiores do que qualquer partido. Na campanha presidencial, vamos ver quem terá legitimidade para falar" — Randolfe Rodrigues.

ZH — O senhor apresentará propostas reivindicadas nas manifestações, como transporte gratuito?

Randolfe — O passe livre é exequível. O problema é que a presidenta disse que queria dialogar com as manifestações e, depois, esqueceu. Qual é a lógica dessa proposta? Quem tem mais, paga aos que têm menos. É a proposta de inversão no IPTU. A União pode fazer isso? Não. Mas pode induzir a isso. Falei a presidenta que ela tinha de enfrentar a máfia do transporte coletivo.

ZH — Para adotar a tarifa zero, o senhor sugere aumento de IPTU?

Randolfe — Precisaria de uma política progressiva. Isso é uma medida adotada na Europa. Os locais da cidade de melhores condições aportam recursos para que quem tem menos condições possa ter transporte coletivo.

ZH — Como avalia os movimentos de Eduardo Campos e Marina Silva, que se apresentam como novidade em uma terceira via?  

Randolfe — O Eduardo, com todo o respeito, não é o novo. O partido do Eduardo está na política desde 1946. O avô (Miguel Arraes) representa um setor da política que existe desde a época da ditadura. O Eduardo e o PSB estiveram na coalizão que governa o país. Ele poderia ter feito essa ruptura com o governo (Dilma) há mais tempo. A maior parte do partido dele está com o agronegócio, votou contra o código florestal no Congresso.

"A Marina, se refletisse um pouco mais, deveria votar na gente, votar em mim. Eu que estive no Congresso defendendo um código florestal verdadeiro. O novo nessa eleição é o PSOL" — Randolfe Rodrigues.

ZH — O PSOL, por vezes, é apontado como partido que quebraria a economia justamente pelo discurso radical contra setores que representam importante fatia do PIB, como o agronegócio. Como avalia?

Randolfe — Essa turma leva o Brasil a estar há 20 anos sob a maior taxa de juros do planeta, as famílias a serem as mais endividadas da America Latina. A taxa de juro está nos levando a reprimarização da economia. Temos uma pauta de exportações que é a mesma dos anos 1960. Estamos nos transformando em uma enorme fazenda de soja em vez de sermos potência industrializada. E somos nós que vamos transformar o Brasil em um país economicamente ingovernável? São eles que estão fazendo isso. Queremos que o país volte a ser um exportador de produtos manufaturados.

ZH — Para enfrentar a inflação, qual seria o remédio adequado?

Randolfe — Primeiro, baixar os juros. Outro mecanismo é fazer a reforma agrária. Parte da inflação é causada pelo preço dos alimentos. Não podemos ser o país do latifúndio. O produto tem de chegar à mesa sem especulação. A América toda já fez a reforma agrária. Só aqui neste país que não foi feito. Só o presidente gaúcho chamado João Goulart teve coragem de anunciar. E por isso foi golpeado. Tem de ter a coragem do Jango, que disse que os latifúndios improdutivos à beira de estrada estavam desapropriados.

ZH — A sua reforma agrária seria com pagamento de indenização?

Randolfe — Vou cumprir o que está na Constituição, que reza claramente: a terra tem de cumprir seu papel social.

ZH — Como avalia o conflito entre índios e pequenos agricultores pela demarcação de terras?

Randolfe — Enquanto o governo não olhar a questão indígena com a prioridade que merece, o conflito vai existir. O governo tenta acender uma vela a dois senhores. Não se serve a dois senhores. Eles (índios) são senhores de direitos e não coitadinhos aos quais se concedem favores.

ZH — O senhor tem atuado com o senador Pedro Simon (PMDB-RS), sobretudo no projeto que anulou a sessão que derrubou Jango. Como tem sido essa convivência?

Randolfe — Simon é farol que me ilumina. Inspira desde o meu pai, que se espelhava na atuação dele como deputado no RS. Quando cheguei ao Congresso, tive a honra de ter o voto do Simon como candidato à Presidência do Senado contra José Sarney (PMDB-AP). Construímos uma relação. Uma das coisas que vou ter o prazer de contar aos netos é sobre a convivência com Simon.

ZH — O senhor recebeu duras críticas, inclusive no PSOL, porque o seu candidato à prefeitura de Macapá teve, em 2012, apoio do DEM no segundo turno. Admite que houve incoerência?

Randolfe — Não existiu apoio do DEM a nossa candidatura. Existiu o apoio do candidato a prefeito do DEM (que foi derrotado no primeiro turno) ao nosso candidato, no segundo turno. O DEM, enquanto partido, esteve no palanque do adversário. São descolamentos das pessoas para apoiar personalidades de esquerda. Não existiu apoio do DEM. Quero deixar claro.

ZH — A Luciana Genro será candidata a vice na sua chapa?

Randolfe — Quero unir o PSOL e a esquerda. Lamentavelmente, a Luciana não é mais deputada. Vou ficar muito feliz se tiver competência política para construir a chapa com ela. Seria o melhor ao partido e à esquerda. E vamos conversar com PSTU e PCB.

ZH — Qual será o seu posicionamento diante da Copa no Brasil?

Randolfe — Vou torcer para o Brasil, mas vou questionar muito os investimentos. Como pode ter capacidade para fazer estádios monumentais em tão pouco tempo? Também devemos ter a mesma capacidade para fazer em educação, saúde e mobilidade urbana. É isso que reclama o povo. E quero questionar outras coisas, como a facilidade que prestamos a entidades suspeitas como FIFA e CBF. Acho inaceitável. O governo apoia a CBF.

"Como pode ter capacidade para fazer estádios monumentais em tão pouco tempo? Também devemos ter a mesma capacidade para fazer em educação, saúde e mobilidade urbana" — Randolfe Rodrigues.

ZH — O senhor crê que a Copa organizará nova agenda de protestos? Poderá impactar nas eleições?

Randolfe — Torço pela capacidade de mobilização do povo sempre. Só uma sociedade mobilizada por direitos é que pode construir um país melhor. A Copa pode ser um catalizador de mobilizações, sim, mas a sociedade precisa se mobilizar pelos direitos que não estão sendo garantidos.


Fonte: ZERO HORA

sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

Mais uma vez, um orçamento anual que não atende as demandas sociais do Brasil

PSOL critica que 42% são gastos com dívida pública e que salário mínimo terá reajuste real de menos de 1%

A Lei Orçamentária Anual (LOA) para 2014 foi aprovada, mais uma vez, dando continuidade aos privilégios de rentistas da dívida pública – bancos e grandes investidores – em detrimento do atendimento às urgentes demandas sociais do país, muitas reivindicadas durante as gigantescas manifestações do meio deste ano.

“O PSOL vota contra essa concepção de Orçamento acordada, com uma ampla maioria aqui, mas que, na verdade, numa perspectiva de futuro, não ajuda o país”, afirmou o deputado Chico Alencar. “Somos reféns da hegemonia do capital financeiro no mundo, que leva a que 42% do Orçamento do Brasil estejam intocáveis para o pagamento de juros e serviços da dívida pública”.

Nota técnica da assessoria econômica do PSOL prevê para 2014 um orçamento total de R$ 2,383 trilhões, dos quais nada menos que R$ 1,002 trilhão (42%) serão destinados para o pagamento de juros e amortizações da dívida pública. Esta quantia é 33% maior que o valor efetivamente pago em 2012, mostrando que a dívida é, cada vez mais, um grave problema para o país. O valor de R$ 1,002 trilhão representa nada menos que 10 vezes o valor previsto para a saúde, 12 vezes o previsto para a educação, 4 vezes mais que o valor reservado para todos os servidores federais (ativos e aposentados) ou 192 vezes mais que o valor previsto para a reforma agrária.

Funcionalismo público

No que se refere aos gastos com pessoal, a LOA prevê, em linhas gerais, apenas a segunda parcela do reajuste de 15%, parcelado em 3 anos, que não cobre sequer a inflação. Como resultado, o projeto da LOA 2014 terá uma queda nos gastos com pessoal de 4,3% do PIB em 2013 para 4,2% do PIB em 2014.

De acordo com a assessoria do PSOL, a proposta do governo aos servidores mal repõe a inflação deste ano e não recupera as perdas históricas que levaram as categorias ao grande movimento grevista no ano passado.

Salário mínimo

Uma grave questão na LOA é a política de reajuste do salário mínimo, baseada na Lei 12.382/2011, segundo a qual o mínimo será reajustado pela inflação mais o crescimento real do PIB de 2 anos atrás. Para 2014, isto significa um reajuste de 6,6% (de R$ 678,00 para R$ 722,90 em 1/1/2014), mas, na prática, representa um aumento real de apenas 0,87%.

Com este reajuste pífio de menos de 1%, seriam necessários mais 154 anos para que seja atingido o salário mínimo calculado pelo DIEESE, de R$ 2.729,24 – sem considerar qualquer perda, nem inflação.

“No ano que vem, quando esse Orçamento vai estar em execução, nós teremos continuadas turbulências, muita insatisfação por parte da sociedade, que vai voltar a se manifestar”, disse Chico Alencar. “Esse Orçamento não vale para o nosso futuro de justiça social, com mais igualdade e investimento em políticas públicas efetivas”.


Fonte: Liderança do PSOL na Câmara