Por Fernando Lobato
Presidente
Estadual do PSOL no Amazonas
Os
gastos de campanha eleitoral, na maioria dos casos, superam muitas vezes o valor dos salários que os candidatos eleitos recebem ao
longo de quatro anos de mandato e aí ficamos com a seguinte questão: Qual o sentido de tanto gasto para se vencer uma eleição?
Quem é
eleito recebe salário para defender o interesse público, mas, na
prática, vemos a lógica capitalista criando outra regra e
fazendo com que muitos desejem um mandato para servir aos que
oferecem valores muito superiores ao de seu futuro contra-cheque, ou
seja, aos ricos e poderosos.
Quando
um vereador corrupto recebe uma propina de R$ 200 mil para aprovar,
por exemplo, o aumento abusivo da tarifa de ônibus estará
embolsando, de uma só vez, um valor várias vezes maior que o seu
ganho em quatro anos. Eis a lógica que se esconde por detrás dos
elevados gastos de campanha.
Carlinhos
Cachoeira, empresário e contraventor preso pela Polícia Federal em fevereiro, e
Demóstenes Torres, senador cassado no dia 11 de julho, são exemplos que
comprovam essa forma de corrupção e o PSOL – Partido Socialismo e
Liberdade – se orgulha de ter sido o partido que pediu e obteve a
cassação de Demóstenes.
É
importante destacar que Demóstenes não foi o primeiro senador corrupto
afastado por uma ação do PSOL. Antes dele, Joaquim Roriz,
ex-Senador pelo DF, se viu forçado a renunciar para não ser cassado
e, graças a Lei da Ficha-Limpa, foi banhido da política até 2023.
Para que
o PSOL se destaque na luta contra a corrupção dois aspectos são
fundamentais. O primeiro é o nosso compromisso com uma lógica
socialista de governo e o segundo, relacionado ao primeiro, é a nossa
recusa em aceitar financiamento de campanha de segmentos ligados ao
grande capital.
Somente
quem não se deixa corromper e não compactua com a corrupção tem
honradez e integridade para denunciá-la e desmascará-la
e o PSOL, graças a lógica que o preside, tem sido a "mosca na
sopa" dos partidos e políticos corruptos que infestam o cenário
brasileiro.
Se o
PSOL não estivesse representado no Congresso Nacional, pouco ou
quase nada saberíamos do esquema Cachoeira e a CPI que o investiga,
muito provavelmente, não teria sido constituída. Depois que foi
constituída, porém, inúmeras são as forças que desejam
esvaziá-la.
As
razões para essa tentativa de esvaziamento são óbvias, visto que o
avanço das investigações vem revelando a participação de
políticos de inúmeras siglas partidárias. Eis porque o PSOL
defende uma ampla reforma política em nosso país. Reforma que forçe
o eixo da política a girar num sentido favorável ao interesse
público e não contra ele.
Por
isso, se você deseja uma política mais ética, limpa, transparente
e focada no interesse geral, preste atenção nos candidatos do PSOL.
Na Câmara Municipal de Manaus, por exemplo, é fundamental a
presença de vereadores do PSOL.
Se já estivéssemos representados na Câmara Municipal de Manaus,
com certeza, já teríamos quebrado a caixa-preta da planilha de
custo das empresas de transporte urbano e a CPI da Água não faria
água – água que nunca chega na torneira de quem precisa dela!
Pense
nisso! Priorize o voto nos candidatos do PSOL!