terça-feira, 14 de agosto de 2012

PSOL: Partido absolutamente necessário na cassação de Demóstenes



Por  Fernando Lobato
Presidente Estadual do PSOL no Amazonas

   Os gastos de campanha eleitoral, na maioria dos casos, superam muitas vezes o valor dos salários que os candidatos eleitos recebem ao longo de quatro anos de  mandato e aí ficamos com a seguinte questão: Qual o sentido de tanto gasto para se vencer uma eleição?
  Quem é eleito recebe salário para defender o interesse público, mas, na prática, vemos a lógica capitalista criando  outra regra e fazendo com que muitos desejem um mandato para servir aos que oferecem valores muito superiores ao de seu futuro contra-cheque, ou seja, aos ricos e poderosos.
  Quando um vereador corrupto recebe uma propina de R$ 200 mil para aprovar, por exemplo, o aumento abusivo da tarifa de ônibus estará embolsando, de uma só vez, um valor várias vezes maior que o seu ganho em quatro anos. Eis a lógica que se esconde por detrás dos elevados gastos de campanha.
   Carlinhos Cachoeira, empresário e contraventor preso pela Polícia Federal em fevereiro, e Demóstenes Torres, senador cassado no dia 11 de julho, são exemplos que comprovam essa forma de corrupção e o PSOL – Partido Socialismo e Liberdade – se orgulha de ter sido o partido que pediu e obteve a cassação de Demóstenes.
   É importante destacar que Demóstenes não foi o primeiro senador corrupto afastado por uma ação do PSOL. Antes dele, Joaquim Roriz, ex-Senador pelo DF, se viu forçado a renunciar para não ser cassado e, graças a Lei da Ficha-Limpa, foi banhido da política até 2023.
   Para que o PSOL se destaque na luta contra a corrupção dois aspectos são fundamentais. O primeiro é o nosso compromisso com uma lógica socialista de governo e o segundo, relacionado ao primeiro, é a nossa recusa em aceitar financiamento de campanha de segmentos ligados ao grande capital.
    Somente quem não se deixa corromper e não compactua com a corrupção tem honradez e integridade para denunciá-la e desmascará-la e o PSOL, graças a lógica que o preside, tem sido a "mosca na sopa" dos partidos e políticos corruptos que infestam o cenário brasileiro.
  Se o PSOL não estivesse representado no Congresso Nacional, pouco ou quase nada saberíamos do esquema Cachoeira e a CPI que o investiga, muito provavelmente, não teria sido constituída. Depois que foi constituída, porém, inúmeras são as forças que desejam esvaziá-la.
   As razões para essa tentativa de esvaziamento são óbvias, visto que o avanço das investigações vem revelando a participação de políticos de inúmeras siglas partidárias. Eis porque o PSOL defende uma ampla reforma política em nosso país. Reforma que forçe o eixo da política a girar num sentido favorável ao interesse público e não contra ele.
  Por isso, se você deseja uma política mais ética, limpa, transparente e focada no interesse geral, preste atenção nos candidatos do PSOL. Na Câmara Municipal de Manaus, por exemplo, é fundamental a presença de vereadores do PSOL.
  Se já  estivéssemos representados na Câmara Municipal de Manaus, com certeza, já teríamos quebrado a caixa-preta da planilha de custo das empresas de transporte urbano e a CPI da Água não faria água – água que nunca chega na torneira de quem precisa dela!
Pense nisso! Priorize o voto nos candidatos do PSOL!