sábado, 21 de dezembro de 2013

PSOL e as eleições 2014

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“Uma conjuntura que requer uma alternativa Popular e Socialista”
– Elson de Melo

O Brasil passa por um momento sinistro na sua economia, a inflação continua assombrando todos os setores, a desindustrialização se acentua, os direitos fundamentais da nossa população continuam sendo vilipendiado, os trabalhadores sofrem com a falta de empregos e oportunidades de trabalho, a educação nunca recebe a devida atenção, os salários não são compatíveis com o custo de vida, a saúde está sob intervenção internacional, o meio ambiente continua sendo devastado, no campo avança a violência contra Índios, Ribeirinhos e pequenos agricultores, as cidades sofrem com a violência e falta de infraestrutura urbana sobre todos os sentidos e a miséria continua sendo uma moeda eleitoral.

No campo eleitoral, a elite (oligarquia) politica, continua potencializando a candidatura do PT/PMDB, PSDB/DEM, PSB/REDE. A esquerda Socialista se apresenta com os quatros partidos, PSOL, PSTU, PCB e PCO, todos apresentando pré-candidaturas a Presidente.

Há mais de vinte anos, assistimos uma polarização eleitoral entre o PT e PSDB. Essa falsa dicotomia orquestrada pela elite (oligarquia) politica brasileira, vem impedindo de surgir alternativas politicas que possa se identificar com as mudanças estruturais que o Brasil precisa, como se não bastasse, os partidos da esquerda socialista, com exceção do PCB, os outros três, são oriundos do PT e ainda não superaram a cultura politica instituída por esse partido e todos ainda não se estabeleceram como partidos influentes no meio sindical e nos movimentos sociais. 

O PSOL

O ultimo Congresso do PSOL, definiu a estratégia que a esquerda socialista precisa percorrer para construir um projeto Popular socialista para o Brasil, no entanto, embora a Tese Unidade Socialista tenha sido a vencedora, parte significativa da militância tem se comportado como uma oposição radical as novas diretrizes do partido, e partem para a desqualificação das nossas lideranças, da mesma forma, ainda ronda nas entranhas do PSOL, o fantasma da REDE com o retorno aos quadros partidários dos militantes que haviam se desligado para formarem essa outra legenda.

O quadro é complexo que exige dos mais lúcidos, uma reflexão ponderada que aponte caminhos para o fortalecimento do PSOL, uma vez que o partido dividiu-se entre dois blocos que em determinados momentos comportam-se como antagônicos, na minha visão, entendo que o melhor caminho é a definição de um plano de atividades praticas que combine a doutrina partidária com pratica consequente dos nosso militantes, esse plano, deve comtemplar atividades de mobilização e propaganda, educação politica, atividade cultural, participação efetiva nos movimentos sociais e sindical, e, organização partidária.

No campo eleitoral, o PSOL precisa sair na frente com as suas pré-candidaturas para todos os níveis definidas antes mesmo do carnaval, é preciso fugir do calendário imaginário que os políticos tradicionais proclamam para esconder sua agenda politica. Essa história de que tudo no Brasil só funciona depois do carnaval é conversa para enganar bobo! O ano de 2014 será atípico devido a realização da Copa, portanto, é urgente a definição do nosso time (candidaturas) para entrar em campo antes mesmo dos jogos da copa.

A politica amazonense

Historicamente o Amazonas, é governado pela mesma oligarquia, o que muda são os atores, mas todos são venais na condução do poder politico, não respeitam a opinião publica, fabricam informações, manipulam e controlam com pulso firme os demais poderes do Estado e pouco fazem para melhorar a qualidade de vida do nosso povo.

O atual grupo politico que comanda o Estado amazonense chegou ao poder no ano de 1982 com Gilberto Mestrinho prometendo que seu ‘grupo politico’ permaneceria governando por vinte anos, este ano (2013) completam 31 anos. A principal tática tem sido a polarização entre eles, a cooptação de potencias lideranças e partidos políticos e a ofuscação das lideranças que não se alinham a eles.

Para as eleições 2014, esse grupo já escalou seu time, o astro principal é Eduardo Braga, na disputa por espaço no grupo está o Governador Omar Aziz e o Prefeito Artur Neto. A candidatura de Hissa Habrão só vinga se for uma imposição da coligação PSB/PPS a nível Nacional, no mais, Hissa será sempre um bom vice. A ultima mexida no tabuleiro oficial envolve Omar e José Melo, mas, seja lá qual for a jogada, o quadro não sofrerá grades mudanças. Vejam que a polarização é sempre entre os membros dessa oligarquia.

Três partidos da esquerda socialista estão organizados no Amazonas; PSOL, PSTU e PCB, o PCO não consegue se estabelecer por estas bandas, na ultima eleição para Governador, os três partidos se apresentaram com candidato próprio para o cargo máximo do Estado, o resultado foi desastroso, primeiro pela votação pífia, segundo por não acumular absolutamente nada na estratégia de construção de uma alternativa popular de governo, e, muito menos no fortalecimento da esquerda socialista no Amazonas, precisamos avaliar com carinho essa pratica imediatista de concorrer nas eleições apenas para marcar posição.

O PSOL no Amazonas

Se observarmos com clareza essa conjuntura, vamos concluir que o PSOL tem um papel fundamental para romper com o monopólio dessa oligarquia na politica amazonense, não se trata aqui de ufanismo ou utopia, mas de projeto politico de transformação social!

Para concretizarmos esse projeto, precisamos do empenho de todos os militantes do partido, e, em especial dos novos dirigente Estadual eleito no ultimo Congresso, o debate em torno da definição de candidaturas, não pode ofuscar o projeto estratégico do PSOL definido no seu Manifesto e Programa Estatutário, nossas orientação precisa estar fundamentada nesses princípios e nas resoluções do ultimo Congresso Nacional do PSOL.

Nos últimos meses, o PSOL Amazonas, recebeu um numero significativo de novos filiados, muitos dos quais desejam e deve concorrer a cargos eletivos na próxima eleição de 2014, nosso papel enquanto direção do partido, é instrumentalizá-los com a literatura partidária e socialista, potencializar seus objetivos, observar critérios essenciais para os detentores de mandatos pelo PSOL, definir um programa de governo popular e factível para o Amazonas, organizar um Plano de Campanha e preparar nossa militância para o grande enfrentamento.

Dessa forma, entendo que neste primeiro encontro de definição de candidaturas, devemos começar definindo um calendário de Planejamento Estratégico de Campanha eleitoral. Para tanto estou apresentando um texto orientador ao debate(doc. Anexo).

O PSOL precisa sair do anonimato e partir para um debate aberto com a sociedade amazonense, ocupando todos os espaços possíveis para dialogar com a nossa população sobre politica e suas consequências para a qualidade de vida do nosso povo.

Manaus, 18 de dezembro de 2013.

Elson de Melo – Presidente PSOL/AM


Um comentário:

  1. Nos últimos meses, o PSOL Amazonas, recebeu um numero significativo de novos filiados, muitos dos quais desejam e deve concorrer a cargos eletivos na próxima eleição de 2014, nosso papel enquanto direção do partido, é instrumentalizá-los com a literatura partidária e socialista, potencializar seus objetivos, observar critérios essenciais para os detentores de mandatos pelo PSOL, definir um programa de governo popular e factível para o Amazonas, organizar um Plano de Campanha e preparar nossa militância para o grande enfrentamento.

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