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“Uma conjuntura que requer uma alternativa
Popular e Socialista”
– Elson de Melo
O Brasil passa por um momento sinistro na sua economia, a inflação
continua assombrando todos os setores, a desindustrialização se acentua, os
direitos fundamentais da nossa população continuam sendo vilipendiado, os
trabalhadores sofrem com a falta de empregos e oportunidades de trabalho, a
educação nunca recebe a devida atenção, os salários não são compatíveis com o custo
de vida, a saúde está sob intervenção internacional, o meio ambiente continua
sendo devastado, no campo avança a violência contra Índios, Ribeirinhos e
pequenos agricultores, as cidades sofrem com a violência e falta de
infraestrutura urbana sobre todos os sentidos e a miséria continua sendo uma
moeda eleitoral.
No campo eleitoral, a elite (oligarquia) politica, continua
potencializando a candidatura do PT/PMDB, PSDB/DEM, PSB/REDE. A esquerda
Socialista se apresenta com os quatros partidos, PSOL, PSTU, PCB e PCO, todos
apresentando pré-candidaturas a Presidente.
Há mais de vinte anos, assistimos uma polarização eleitoral entre
o PT e PSDB. Essa falsa dicotomia orquestrada pela elite (oligarquia) politica
brasileira, vem impedindo de surgir alternativas politicas que possa se
identificar com as mudanças estruturais que o Brasil precisa, como se não
bastasse, os partidos da esquerda socialista, com exceção do PCB, os outros
três, são oriundos do PT e ainda não superaram a cultura politica instituída por
esse partido e todos ainda não se estabeleceram como partidos influentes no
meio sindical e nos movimentos sociais.
O PSOL
O ultimo Congresso do PSOL, definiu a estratégia que a esquerda
socialista precisa percorrer para construir um projeto Popular socialista para
o Brasil, no entanto, embora a Tese Unidade Socialista tenha sido a vencedora,
parte significativa da militância tem se comportado como uma oposição radical
as novas diretrizes do partido, e partem para a desqualificação das nossas
lideranças, da mesma forma, ainda ronda nas entranhas do PSOL, o fantasma da
REDE com o retorno aos quadros partidários dos militantes que haviam se
desligado para formarem essa outra legenda.
O quadro é complexo que exige dos mais lúcidos, uma reflexão
ponderada que aponte caminhos para o fortalecimento do PSOL, uma vez que o
partido dividiu-se entre dois blocos que em determinados momentos comportam-se
como antagônicos, na minha visão, entendo que o melhor caminho é a definição de
um plano de atividades praticas que combine a doutrina partidária com pratica
consequente dos nosso militantes, esse plano, deve comtemplar atividades de mobilização
e propaganda, educação politica, atividade cultural, participação efetiva nos
movimentos sociais e sindical, e, organização partidária.
No campo eleitoral, o PSOL precisa sair na frente com as suas
pré-candidaturas para todos os níveis definidas antes mesmo do carnaval, é
preciso fugir do calendário imaginário que os políticos tradicionais proclamam
para esconder sua agenda politica. Essa história de que tudo no Brasil só
funciona depois do carnaval é conversa para enganar bobo! O ano de 2014 será atípico
devido a realização da Copa, portanto, é urgente a definição do nosso time
(candidaturas) para entrar em campo antes mesmo dos jogos da copa.
A politica amazonense
Historicamente o Amazonas, é governado pela mesma oligarquia, o
que muda são os atores, mas todos são venais na condução do poder politico, não
respeitam a opinião publica, fabricam informações, manipulam e controlam com
pulso firme os demais poderes do Estado e pouco fazem para melhorar a qualidade
de vida do nosso povo.
O atual grupo politico que comanda o Estado amazonense chegou ao
poder no ano de 1982 com Gilberto Mestrinho prometendo que seu ‘grupo politico’
permaneceria governando por vinte anos, este ano (2013) completam 31 anos. A
principal tática tem sido a polarização entre eles, a cooptação de potencias
lideranças e partidos políticos e a ofuscação das lideranças que não se alinham
a eles.
Para as eleições 2014, esse grupo já escalou seu time, o astro
principal é Eduardo Braga, na disputa por espaço no grupo está o Governador
Omar Aziz e o Prefeito Artur Neto. A candidatura de Hissa Habrão só vinga se
for uma imposição da coligação PSB/PPS a nível Nacional, no mais, Hissa será
sempre um bom vice. A ultima mexida no tabuleiro oficial envolve Omar e José
Melo, mas, seja lá qual for a jogada, o quadro não sofrerá grades mudanças.
Vejam que a polarização é sempre entre os membros dessa oligarquia.
Três partidos da esquerda socialista estão organizados no
Amazonas; PSOL, PSTU e PCB, o PCO não consegue se estabelecer por estas bandas,
na ultima eleição para Governador, os três partidos se apresentaram com
candidato próprio para o cargo máximo do Estado, o resultado foi desastroso,
primeiro pela votação pífia, segundo por não acumular absolutamente nada na
estratégia de construção de uma alternativa popular de governo, e, muito menos
no fortalecimento da esquerda socialista no Amazonas, precisamos avaliar com
carinho essa pratica imediatista de concorrer nas eleições apenas para marcar
posição.
O PSOL no Amazonas
Se observarmos com clareza essa conjuntura, vamos concluir que o
PSOL tem um papel fundamental para romper com o monopólio dessa oligarquia na
politica amazonense, não se trata aqui de ufanismo ou utopia, mas de projeto
politico de transformação social!
Para concretizarmos esse projeto, precisamos do empenho de todos
os militantes do partido, e, em especial dos novos dirigente Estadual eleito no
ultimo Congresso, o debate em torno da definição de candidaturas, não pode
ofuscar o projeto estratégico do PSOL definido no seu Manifesto e Programa
Estatutário, nossas orientação precisa estar fundamentada nesses princípios e
nas resoluções do ultimo Congresso Nacional do PSOL.
Nos últimos meses, o PSOL Amazonas, recebeu um numero
significativo de novos filiados, muitos dos quais desejam e deve concorrer a
cargos eletivos na próxima eleição de 2014, nosso papel enquanto direção do
partido, é instrumentalizá-los com a literatura partidária e socialista,
potencializar seus objetivos, observar critérios essenciais para os detentores
de mandatos pelo PSOL, definir um programa de governo popular e factível para o
Amazonas, organizar um Plano de Campanha e preparar nossa militância para o
grande enfrentamento.
Dessa forma, entendo que neste primeiro encontro de definição de
candidaturas, devemos começar definindo um calendário de Planejamento
Estratégico de Campanha eleitoral. Para tanto estou apresentando um texto
orientador ao debate(doc. Anexo).
O PSOL precisa sair do anonimato e partir para um debate aberto
com a sociedade amazonense, ocupando todos os espaços possíveis para dialogar
com a nossa população sobre politica e suas consequências para a qualidade de
vida do nosso povo.
Manaus, 18 de dezembro de 2013.
Elson de Melo – Presidente PSOL/AM
Nos últimos meses, o PSOL Amazonas, recebeu um numero significativo de novos filiados, muitos dos quais desejam e deve concorrer a cargos eletivos na próxima eleição de 2014, nosso papel enquanto direção do partido, é instrumentalizá-los com a literatura partidária e socialista, potencializar seus objetivos, observar critérios essenciais para os detentores de mandatos pelo PSOL, definir um programa de governo popular e factível para o Amazonas, organizar um Plano de Campanha e preparar nossa militância para o grande enfrentamento.
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