terça-feira, 4 de dezembro de 2012

PRESIDENTE DO PSOL AMAZONAS FORMALIZA DENÚNCIA CONTRA O DIRIGENTE DE TEFÉ POR QUEBRA DE DISCIPLINA PARTIDÁRIA

Abel Alves, Presidente Municipal do PSOL de Tefé,  lançou-se candidato a Vice-Prefeito numa aliança proibida pelas instâncias nacionais do PSOL.    
 

   O Presidente do PSOL AMAZONAS, Fernando Lobato, já formalizou denúncia contra o Dirigente Municipal de Tefé, Abel Alves, por quebra de disciplina partidária nas Eleições 2012. No  dia 30 de junho, último para a realização de convenções para indicação de candidatos, Abel Alves celebrou aliança proibida com o Partido Social Democrático, o PSD, presidido no Amazonas pelo atual governador, Omar Aziz, na qual figurava como candidato a Vice-Prefeito.
      As três instâncias maiores do PSOL em nível nacional (Congresso, Diretório e Executiva) já haviam se decidido pela permissão de alianças para além da Frente de Esquerda em 2012, ou seja, que não ficassem restritas ao PCB e ao PSTU, mas estabeleceu marcos limites para isso. O marco limite máximo permitia diálogos com todos os partidos que não figurassem entre os previamente vetados de qualquer possibilidade de aliança, ou seja, PMDB, PSDB, DEM, PTB, PRB, PP, PR e PSD.
      As alianças em nível municipal, tendo em vista o respeito às diretrizes nacionais, ainda que dentro dos marcos limites, dependiam, por força dos documentos nacionais aprovados sobre a questão,  da aprovação das instâncias maiores do PSOL. Fiel ao que fora decidido democraticamente, a Executiva Nacional, na reunião de julho, determinou o desfazimento de 150 coligações municipais do PSOL em todo o Brasil e, entre elas, estava a celebrada por Abel Alves em Tefé.
     No documento em que denuncia o dirigente de Tefé ao Conselho de Ética e Disciplina Partidária, o Presidente Estadual faz uso dos seguintes argumentos: "O Senhor Abel Alves agiu plenamente consciente da gravidade de suas ações. Não pensou duas vezes antes de atropelar determinações superiores que visam a coerência e a unidade do PSOL. Para que essa unidade e coerência sejam alcançadas é fundamental que seus filiados e dirigentes subordinem suas opiniões e interesses pessoais às diretrizes do coletivo maior".
      E, concluindo o seu documento, Fernando Lobato ainda diz: "ressalto a importância da disciplina partidária num partido que se afirma em todo o país como símbolo de coerência, honestidade e fidelidade aos princípios que defende. Casos como o ocorrido em Tefé agem no sentido da desconstrução de tudo o que se conseguiu erguer até aqui e não podem, sob hipótese alguma, ser tolerados”.
     O Conselho de Ética do PSOL no Amazonas é formado por três membros (Leandro  Gomes, Roberto Santos e Cireno Campos) e, por força estatutária, tem o prazo máximo de 60 dias para apresentar parecer a ser analisado e votado pelo Diretório Estadual. Se houver discordância em relação à decisão tomada no Amazonas há ainda a possibilidade de recurso ao Conselho de Ética e Disciplina Partidária do Diretório Nacional.

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