Por Abel Alves*
O AMAZONAS há décadas vive seu quadro
político no artificialismo e bem que a expressão ‘NOVOS RUMOS’ poderia ser o
chamamento à classe política e a sociedade civil organizada na formação de um
movimento de rompimento com essa artificialidade que vivemos e que nos é
imposta, apontando para o desenvolvimento do Estado e até rompendo com a
política de ‘pires na mão’, de forma humilhante e subserviente perante o
Governo Federal.
Vejo, ainda, que os cogitados pré-candidatos
ao Governo não têm conteúdo político ideológico de esquerda, dependentes de
decisões de ‘caciques’, tanto a nível federal, quanto estadual. Sem o
cumprimento dos princípios e programas partidários, independência, tudo virando
geleia e só um ou outro pré-candidato tem história de voto pessoal, mas
resultante dos conchavos, velhas e condenáveis práticas na captação do voto,
inclusive, na indicação do cargo a disputar.
Daí que, dentro das atuais máquinas de poder,
em todos os níveis, quem apontar para uma eventual mudança com independência, e
pretender impor-se almejando disputar um cargo, a engrenagem partidária ou do
sistema, grupo dominante lhe será hostil e lhe negará apoio à pretensão.
É o que está acontecendo com alguns partidos,
preterindo e colocando no ostracismo novas lideranças que surgem, favorecendo
composições vindas de cima, que apenas constato e registro.
Tudo é tão artificial e até inacreditável
que, no Amazonas, com a candidatura do Governador Omar Aziz ao Senado, se
confirmada, assume o vice-governador Professor José Melo, um burocrata que
disputará a eleição por um partido recém-criado, PROS, consequência de muitos
conchavos, intrigas, personalismo, deixando pra trás PT, PSDB, PDT e seus
filiados como meros expectadores.
Ora, se o PT, partido da Presidente, PSDB e
PSB, esses com candidatos a Presidente e com toda uma trajetória nacional não
têm um nome, uma liderança local, para disputar o governo estadual, alguma
coisa, ou muita coisa está errada!
E, como nenhum político se habilitou, ou os
‘caciques’ lhes negam a legenda, está na hora dos independentes, progressistas,
não da esquerda vulnerável, mas dos esquerdistas convictos, que não concordam
com o continuísmo; da sociedade civil organizada, profissionais liberais, a
juventude universitária e dos protestos do dia 20 de Junho passado, se
organizar e buscar outra opção, com um candidato ético pela mudança e renovação
no Amazonas.
Que o PSOL, que tem candidato jovem a
Presidente, Senador Randolfe Rodrigues, do Amapá, possa oferecer também aqui no
Amazonas essa oportunidade ao eleitorado com um candidato de oposição ético a
esse quadro de artificialismo político que vivemos, organizando o movimento e
juntando todos ‘do contra’ e ir à luta pelo futuro.
AMAZONAS, coragem; AMAZONENSES, não tenhamos
medo em ousar. Bom fim de semana.
*Abel Alves é Advogado e ex-deputado Estadual
do Amazonas
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