Abel Alves, Presidente Municipal do PSOL de Tefé, lançou-se candidato a Vice-Prefeito numa aliança proibida pelas instâncias nacionais do PSOL. |
O Presidente do PSOL AMAZONAS,
Fernando Lobato, já formalizou denúncia contra o Dirigente Municipal de Tefé,
Abel Alves, por quebra de disciplina partidária nas Eleições 2012. No dia 30 de junho, último para a realização de
convenções para indicação de candidatos, Abel Alves celebrou aliança proibida
com o Partido Social Democrático, o PSD, presidido no Amazonas pelo atual
governador, Omar Aziz, na qual figurava como candidato a Vice-Prefeito.
As
três instâncias maiores do PSOL em nível nacional (Congresso, Diretório e
Executiva) já haviam se decidido pela permissão de alianças para além da Frente
de Esquerda em 2012, ou seja, que não ficassem restritas ao PCB e ao PSTU, mas
estabeleceu marcos limites para isso. O marco limite máximo permitia diálogos
com todos os partidos que não figurassem entre os previamente vetados de
qualquer possibilidade de aliança, ou seja, PMDB, PSDB, DEM, PTB, PRB, PP, PR e
PSD.
As
alianças em nível municipal, tendo em vista o respeito às diretrizes nacionais,
ainda que dentro dos marcos limites, dependiam, por força dos documentos
nacionais aprovados sobre a questão, da
aprovação das instâncias maiores do PSOL. Fiel ao que fora decidido
democraticamente, a Executiva Nacional, na reunião de julho, determinou o desfazimento de
150 coligações municipais do PSOL em todo o Brasil e, entre elas, estava a
celebrada por Abel Alves em Tefé.
No
documento em que denuncia o dirigente de Tefé ao Conselho de Ética e Disciplina
Partidária, o Presidente Estadual faz uso dos seguintes argumentos: "O Senhor Abel Alves agiu plenamente consciente da gravidade de suas ações. Não pensou duas vezes antes de atropelar determinações superiores que visam a coerência e a unidade do PSOL.
Para que essa unidade e coerência sejam alcançadas é fundamental que seus filiados e dirigentes subordinem suas opiniões e interesses
pessoais às diretrizes do coletivo maior".
E, concluindo o seu documento,
Fernando Lobato ainda diz: "ressalto a importância da disciplina
partidária num partido que se afirma em todo o país como símbolo de coerência,
honestidade e fidelidade aos princípios que defende. Casos como o ocorrido em
Tefé agem no sentido da desconstrução de tudo o que se conseguiu erguer até
aqui e não podem, sob hipótese alguma, ser tolerados”.
O Conselho de Ética do PSOL no
Amazonas é formado por três membros (Leandro
Gomes, Roberto Santos e Cireno Campos) e, por força estatutária, tem o
prazo máximo de 60 dias para apresentar parecer a ser analisado e votado pelo
Diretório Estadual. Se houver discordância em relação à decisão tomada no
Amazonas há ainda a possibilidade de recurso ao Conselho de Ética e Disciplina
Partidária do Diretório Nacional.
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